sombra secreta

quarta-feira, agosto 23, 2006

Sudoeste 2006

Depois de Paredes de Coura (2003) e SBSR (2004), eu e mais 2 amigos decidimos ir ao 10º Festival Sudoeste. Fomos à aventura, sobretudo, para conhecer "o maior festival de Verão" do País (era a primeira vez que íamos), mas também pelo espírito que se vive nos festivais e claro pelo cartaz (talvez o melhor de entre os 3 grandes festivais de Verão). Metêmos mãos à obra e fizemo-nos ao caminho para mais de 6 horas de viagem de comboio entre Valongo e a Funcheira. Durante o caminho ainda deu para nos rirmos à custa de um (grande) grupo de escuteiros que também ia no comboio :D
O comboio que nos levou desde a Gare do Oriente até à Funcheira devia de estar avariado pois parou 2 ou 3 vezes no meio do nada e sem qualquer explicação... Chegados à Funcheira (uma estação de comboios no meio do deserto...) ainda nos restava mais uma hora de autocarro!!
Finalmente no recinto, era altura de procurar um lugar para montar a tenda (que acabou por ficar a descer lol) no já muito preenchido campo de campismo. Fomos então inspeccionar a grandiosidade local onde tudo iria acontecer... sem palavras... um extenso campo relvado onde caberiam, certamente, 100 mil pessoas à vontade!
De realçar ainda 2 aspectos: a existência de uma Roda Gigante (!!) e de a organização do festival ter conseguido arranjar um excelente sistema para pôr o pessoal todo a limpar o lixo do chão, dando em troca uma cerveja ou outros brindes!
Apenas tenho a lamentar o facto de os 3 palcos funcionarem praticamente em simultâneo, o que impossibilitou de ver todas as bandas a actuar e que nos fez andar sempre a correr de um palco (Palco TMN) para o outro (Planeta SW). Assim sendo, vou tentar fazer um breve resumo do melhor do festival (daquilo que eu vi...)


1º dia

A noite começou com o reggae de Souls of Fire. Já tinha ouvido algumas músicas deles, e pessoalmente não achei nada de especial, mas raggae ao vivo é sempre outra coisa... surpreenderam-me positivamente! Deram um excelente concerto (o 1º de entre os muitos deste festival) e conseguiram pôr o pessoal todo a dançar. Além disso, são portugueses o que mostra que o raggae nacional está aí para as curvas!!


E o concerto revelação foi... Brazilian Girls! Esta banda que não é brasileira (é de Nova Iorque) e só tem um elemento do sexo feminino aliou um som bastante melodioso e bastante agrádavel (combina música electrónica com samba, reggae, jazz e house) a uma interpretação fenomenal da sua vocalista Sabina Sciubba que conseguiu manter toda a gente "pregada" a assistir ao concerto! Valeu tudo... desde aparecer com a cara tapada até tirar a roupa... Um concerto que eu só consigo comparar ao concerto de Yeah Yeah Yeahs em Paredes de Coura (2003), não pela música, porque têm um som completamente diferente, mas pela novidade, originalidade e (excelente) impressão que deixou no público! O ponto alto do concerto foi, sem dúvida, a música Pussy! Uma banda a ter em atenção.


Depois deste excelente concerto... outro grande concerto! Desta vez no Palco Planeta SW, os The Kooks são uma banda de pop-rock britânica que veio a Portugal apresentar o seu 1º albúm "Inside in, inside out". Deram um bom espectáculo, tocando músicas como Naive (muito boa), Seaside, She moves in her own way, You don't love me e terminaram a sua actuação com uma cover da música Crazy de Gnarls Barkley. Mais uma banda com grande futuro.


Já no Palco TMN e perdida a actuação de Animal Liberation Orchestra, chegou a vez de Mattafix. O concerto até foi bom, eles têm muita energia em palco, mas pecou pelo facto de o público, praticamente, só conhecer a música Big city life e de já estar à espera do concerto de Gentleman. Além desta música (da qual também tocaram uma versão em acústico), destaco também a To and fro.


Por fim, Gentleman. Mais um grande concerto! Não fazia ideia que eles eram assim tão populares por cá! Bastou o seu vocalista entrar em palco para o público se render por completo. Músicas como Superior, Intoxication, Send a prayer e Dem gone levaram ao rubro as milhares de pessoas que lá estavam a assistir, criando uma excelente empatia e cumplicidade entre a banda e o público. O reggae esteve, definitivamente, em alta. O festival não podia ter começado melhor!!!

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