Sudoeste 2006 - 4º dia

Chegados ao último dia do festival, cansados e com poucas de sono, fomos de manhã (como de costume) até à Zambujeira, mas desta vez ficamos a ressacar à sombra, uma vez que eu estava todo "escaldado". Mas ainda houve tempo para um último mergulhinho :) À tarde, ficamos a ressacar no palco planeta SW até à hora do início dos concertos.


O primeiro concerto que vi (e que concerto!!) foi José Gonzalez (no palco Planeta SW) que demonstrou como é que uma única pessoa, simplesmente a tocar guitarra consegue dar um grande concerto. Começou com a música que toda a gente estava à espera de ouvir, a versão de Heatbeats dos The Knife e, desde logo, conquistou o público. Foi um concerto acústico muito bom, onde José Gonzalez tocou originais, mas também mais alguns covers, como por exemplo, Teardrop dos Massive Attack com que encerrou o seu espectáculo.


Seguiu-se o concerto dos Zero7 & José Gonzalez já no Palco TMN (não vi o concerto de Macaco porque tava a andar na Roda Gigante, a loucura :D mas pareceu-me terem um som que fica no ouvido, um pouco ao estilo de Manu Chao). Estava com alguma expectativa em relação a este concerto, mas pessoalmente achei que foi um pouco agridoce: na parte instrumental do concerto, ouviu-se um som bem agradável e que chegou para pôr o público a dançar. Já quando intervinha a vocalista Sia Furler, a música ficava demasiado melancólica. No entanto, destaco as músicas Destiny (talvez a mais conhecida) e ainda Seeing Things (muito boa).


Morning Wood. "Encalhados" entre Zero7 e Xutos, esta banda norte-americana não despertava, inicialmente, muita curiosidade. Porém, com um som bem "rockeiro", conseguiram cativar o público e dar um excelente espectáculo, muito por culpa energia contagiante da sua vocalista Chantal Claret. Além disso, não é muito normal vermos os vocalistas a saltar as barreiras de protecção e a virem cantar para o meio do público e também a levarem espectadores para o palco para os despir... Sem dúvida,uma grande surpresa, um excelente concerto (destaco a música Nth Degree) que serviu para aquecer as baterias para os cabeças de cartaz do último dia.


Por fim, Xutos. Não há muito a dizer sobre este concerto... Estiveram ao seu nível, dando um excelente espectáculo que pôs o sudoeste inteiro a saltar (e ao moche também...). Percorreram o seu vastíssimo reportório tocando temas como O homem do leme, À minha maneira, Para sempre, Chuva dissolvente, P'ra ti Maria, Sémen, Ai se ele cai e claro... A minha casinha. O SW 2006 terminou em beleza.


Terminado o festival, chegou a altura de arrumar as mochilas, desmontar a tenda e regressar a casa (de comboio), num percurso que durou mais de 6 horas de viagem. Para trás ficaram muitas vivências e histórias para contar... Fui com o intuito de conhecer e de experimentar, mas agora tenho esperança de lá voltar... Quem sabe...